A Condição Humana. A natureza, as artes, as mulheres e também...os homens.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A racionalidade inútil

A racionalidade afinal é inútil, há quem ache que não e até é provável que esses não entendam a profundidade deste filme, ainda assim vão ficar extasiados com a sensualidade da maioria das cenas do filme.
Lars Von Trier volta a ocupar o lugar de intocável na sétima arte, pela bela música, imagens e interpretações que dirigiu em Melancholia.
Mas será que era mesmo imprescindível recorrer à parábola do fim do mundo, da mana boa e da mana má, para nos mostrar que a racionalidade pode ser inútil? Parece que sim, e às vezes nem à bruta entendem.
Estaremos todos tão estúpidos assim?  Não, mas nesta espécie de modernidade atingimos um equílibrio estável entre superficialidade e racionalidade.
Se o mundo acabasse amanhã como escolheríamos passar as últimas horas?
A degustar um bom vinho de mãos dadas com os nossos entes queridos num dos terraços da nossa rica mansão?
Isso pode dizer muito sobre as (ir)racionalidades.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um natal iluminado!

Os portugueses que apreciam as iluminações natalícias terão de comprar uma viagem lowcost para uma das principais capitais europeias, talvez Londres, Paris ou até Berlim, é caso para dizer mais uma vez (e com alguma ironia) viva a Europa!
Parece que Lisboa, uma aspirante a capital do turismo, estará limitada a meia dúzia de estrelas cadentes que aterraram há umas semanas na Praça da Figueira. Há que dar bons exemplos aos alfacinhas e, principalmente, a quem nos visita, mesmo que esta opção faça jus ao célebre "É para inglês ver!", é quanto a mim uma estratégia algo pueril para convencer os senhores que aterraram na portela há uns meses do nosso empenho em reduzir despesa, ou melhor excessivas gorduras que fomos acumulando!
Londres, Paris e Berlim bem podem ficar com mais um monopólio, o turismo natalício, o que conta por cá são os bons exemplos, até porque uma coisa é certa, os portugueses vão ter o melhor clima natalício da europa, porque o nosso capital solar, esse, ninguém nos tira!
No entanto muitos portugueses terão de procurar "o seu lugar ao sol", procurando sustento noutras paragens...já nos habituámos, são séculos da mesma história.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Naturaleza Muerta

Pode parecer um paradoxo mas, na adolescência, os nossos amiguinhos e colegas de liceu, só porque queriam ser punks, metálicos ou vanguardas, tinham de censurar tudo...até tinham o descaramento de censurar a música que gostávamos de ouvir!
Para os que viviam quase no centro da PI os Mecano foram mais do que uma moda, era ficar horas a fio a ouvir o álbum "Aidalai" e a traduzir os sentimentos de letras tão profundas como "el fallo positivo" ou "Dalai Lama".

Uma amiga desses tempos mostrou-me este fim-de-semana como é tão bom reviver e até rirmos das nossas crises existenciais quando ainda só tentávamos existir e quantas vezes da pior maneira.
Então contra a censura, dos que ainda não cresceram ou gostam mesmo de oprimir, cá vai a lenda do pescador...